O paciente D já fazia psicoterapia havia algum
tempo, quando me informou que faria uma cirurgia para substituição de válvula
mitral, motivo pelo qual sugeri que fizesse a técnica de Pré-Indução Hipnótica
para Cirurgia, objetivando trabalhar reações adversas à anestesia geral e
possíveis medos imaginários.
Na consulta
agendada para este fim, após a indução ao estado de transe hipnótico, D trouxe
a seguinte fala: _“Estou sorridente. Sinto saudades por deixá-los;
pela separação, mas o coração já não funcionava bem, por causa da idade. Tenho
compaixão e serenidade. Compreendo que é necessário deixá-los. Agradeço pelo
tempo em que convivi e me despeço, com paz e tranqüilidade. Era necessário.
Estou tranqüilo. Tenho fé e estou entregue a Deus. Entregue ao resultado. Nas
mãos de Deus. Estou tranqüilo. Tudo correu bem. Tenho fé e sigo. Estou com
vocês. Amor e Paz.”
O pleno estado de tranquilidade
evidenciado pelo paciente, durante o transe, não indicava nenhuma necessidade
de esvaziamento emocional ou de estado
emocional conflituoso. Do ponto de vista terapêutico, não havia o que
ser trabalhado, motivo pelo qual induzi o retorno do paciente ao estado de
vigília, para a elaboração de tão significativa fala, mas o paciente não se
recordava dos detalhes do ocorrido, lembrando-se, apenas, da imensa sensação de
paz e serenidade que o envolvia. Havia sido um fenômenos puramente
inconsciente. Ancorando este estado de consciência de paz e serenidade,
encerramos a sessão daquela quarta-feira.
Duas semanas depois, numa terça-feira, o filho de D me ligou de
Brasília, dizendo-me que D havia feito a passagem para o Plano Espiritual e que
não deveria ter sido operado, diante do que me lembrei-me do que havia ocorrido
na consulta anterior e que agora fazia sentido, como carta de despedida e
consolo para os familiares. Buscando a ficha de registro do paciente, e para
o filho a linda mensagem de despedida, com a qual ambos nos emocionamos
profundamente, com muita gratidão por vivenciarmos uma experiência espiritual
tão sublime, em que uma pessoa bastante evoluída tem a oportunidade de consolar
seus entes queridos, que ainda cursam a escola da vida. Mesmo decorridos alguns
anos de convívio com experiências transpessoais tão fortes, ainda me surpreendo
com a perfeição das Leis Divinas que regem a vida e das múltiplas oportunidades
de aprendizagem sobre o sentido de nossas existências terrenas e dos limites de nossos recursos científicos diante dos Desígnios Superiores.
Com muita Gratidão,
Sueli Meirelles,
em Nova Friburgo, 18 de março de 2015.
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